Todos juntos pelo controle do aquecimento global
Transição de agentes, imprescindível para a redução na emissão de gases do efeito estufa, mobiliza empresas da construção civil
Preocupadas com a sustentabilidade, a sociedade e o meio ambiente, grandes empresas da construção civil têm se mobilizado para estimular e acelerar a adoção de novas tecnologias a fim de promover mudanças reais na atmosfera.
Algumas dessas mudanças estão na transição de agentes de expansão (blowing agents) utilizados em espumas de poliuretano para produtos de diversos segmentos, como construção (painéis de isolamento térmico), cadeia do frio (geladeiras, transporte refrigerado e câmaras frigoríficas) e moveleiro (colchões e móveis) , uma preocupação da Dow e de seus clientes em toda a América Latina.
Afinal, o que são os agentes de expansão?
Os agentes de expansão são substâncias utilizadas com os isocianatos, polióis e demais aditivos nas espumas de poliuretano. Os mais comuns são:
- Água, que reage com os isocianatos formando segmentos rígidos de poliureia e liberando gás carbônico;
- Agentes de expansão auxiliares (AEAs), que são compostos com baixo ponto de ebulição volatizados pelo calor desprendido durante as reações exotérmicas de formação dos PUs.
Protocolo de Montreal contra agentes que degradam a camada de ozônio
Desde a criação do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDO), em 1987, muitos países se comprometeram a adotar medidas de redução do uso de agentes que degradam a camada de ozônio. No início, os Clorofluorcabonos (CFC-11, por exemplo) representavam o foco principal.
Em 2007, foi estabelecida uma agenda de aceleração escalonada para eliminação dos Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) nos países em desenvolvimento, tendo como data limite 2030. Alguns exemplos de países da América Latina que já adotaram restrições às importações dos HCFCs são México, Brasil, Chile e Colombia. E, independentemente dos passos de cada país, o certo é que as empresas precisarão aderir à mudança mais cedo ou mais tarde.
Apesar de representarem uma pequena fração dos atuais gases de efeito estufa, o impacto dos HCFCs é particularmente forte no aquecimento atmosférico. Se não forem controlados, esses poluentes poderão ser responsáveis por quase 20% da poluição climática até 2050.
Substituição de agentes de expansão na Argentina
Na Argentina, o prazo final para importação do HCFC141b é 31 de dezembro de 2021. Fabricantes de poliuretano e outras indústrias terão que se adaptar para eliminar o uso da substância. Como exemplo, os fabricantes de equipamentos de ar condicionado não podem mais produzir itens com o fluido refrigerante R-22, o HCFC mais usado pela indústria de refrigeração e ar condicionado. Diante deste cenário, as empresas estão em busca de fluidos refrigerantes alternativos, que não degradam a camada de ozônio, não são tóxicos e apresentam ótima capacidade de refrigeração.
No caso de poliuretanos, os agentes de expansão à base de hidrocarbonetos (pentanos, ciclo-pentano e misturas destes) são alguns exemplos de alternativas viáveis para eliminação do HCFC141b, mas cuidados especiais são requeridos para a processabilidade sem riscos, já que são produtos inflamáveis. Além destes, há soluções como HFCs, HFOs e até mesmo o uso de água como agente de expansão. Por isso, os sistemas de poliuretano Dow Voracor™ comercializados na Argentina e que são pré-formulados com o HCFC-141b, sofrerão mudanças em suas formulações para usar as alternativas mencionadas anteriormente. Em alguns casos, são as empresas que deverão se adaptar para o uso de agentes de expansão específicos, realizando adequações de tanques de estocagem nas linhas de produção e em suas fábricas para adicionar o pentano ao poliol com segurança, por exemplo.
“Os painéis termoisolantes com chapas de aço produzidos em máquinas contínuas, conhecidos como DBL (double band lamination), utilizam como agente de expansão hidrocarbonetos como o ciclo-iso-pentano, uma rota viável que não agride a camada de ozônio e possui baixo potencial de aquecimento global, enquanto os painéis produzidos em processos descontínuos, conhecidos como DCP (discontinuous panel) atualmente utilizam HCFC-141B e serão alterados para HFC 365/227 e 245FA para atender às regulamentações da Argentina em busca de alternativas mais sustentáveis”, diz Fabián Negretti, Responsable Técnico e Desenvolvimento de Poliuretanos da Dow para Região Sul da América Latina.
A Dow tem se dedicado a dar o suporte necessário, divulgando informações junto aos clientes e adaptando suas formulações e processos produtivos para entregar soluções que atendam às metas de sustentabilidade e legislações de cada país que atua. Além disso, está implementando o Projeto Construtores do Amanhã, desenvolvido entre Dow e o Comitê Olímpico Internacional (COI), para estimular e acelerar a adoção de tecnologias de baixo carbono em áreas como a construção civil. Acesse a página oficial da campanha clicando aqui.
A Dow é Parceira Oficial de Carbono dos Jogos Olímpicos. A empresa desenvolve ações para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e neutralizar as emissões de carbono do COI. Clique aqui para saber mais sobre esta parceria (material em inglês).
Projeto Construtores do Amanhã promove inovação e sustentabilidade
A iniciativa Construtores do Amanhã, recém-lançada no portal Mundo PU e parceira no projeto do COI para a mitigação do carbono, visa divulgar soluções para tornar as edificações sustentáveis e campeãs em eficiência energética, por meio de debates, informações, consultorias e guias para evoluir e acelerar o desenvolvimento técnico do setor da construção por meio da inovação e sustentabilidade.
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