Construção & Isolamento Térmico

Grandes exemplos de mitigação de carbono no mundo

Projetos da construção civil estimulam a adoção de novas tecnologias voltadas à redução na emissão de carbono

Conheça alguns exemplos mundiais de projetos que impulsionam a mitigação de gases do efeito estufa e apoiam a sustentabilidade

Primeiramente, você sabe o que é o carbono? O carbono é um dos elementos mais versáteis da natureza, em razão de sua ampla aplicação industrial e, principalmente, pela presença em composições celulares e compostos naturais. 

Ele está presente em compostos orgânicos:

  • Naturais (composição de proteínas, estrutura do DNA);
  • Minerais (combustíveis fósseis e biocombustíveis);
  • Sintéticos (fibras sintéticas de tecidos, fármacos, plásticos, borracha etc.);

E também faz parte da composição do gás carbônico (CO2) presente na atmosfera e dissolvido na água.

Apesar de ser um elemento bastante importante para a sobrevivência humana, o carbono – juntamente com outros gases – também está associado à intensificação do efeito estufa e, consequentemente, ao aquecimento global.

Diante da necessidade do uso deste elemento e da preocupação com o meio ambiente, muitas empresas e governos passaram a trabalhar estratégias e esforços de mitigação para reduzir ou remover gases de efeito estufa da atmosfera. Com conhecimentos científicos e produtos inovadores, essas grandes empresas acreditam que podem ajudar a promover mudanças reais. Um exemplo disso está na parceria da Dow e com o Comitê Olímpico Internacional (COI), sob a campanha Construtores do Amanhã, para estimular e acelerar a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono em segmentos como a construção civil, alimentação e embalagens, indústria e energia.

Confira aqui quais são os principais gases que provocam o efeito estufa.

Projeto Construtores do Amanhã promove inovação e sustentabilidade

A iniciativa Construtores do Amanhã,recém-lançada no portal Mundo PU e parceira no projeto do COI para a mitigação do carbono, visa divulgar soluções para tornar as edificações sustentáveis e campeãs em eficiência energética, por meio de debates, informações, consultorias e guias para evoluir e acelerar o desenvolvimento técnico do setor da construção por meio da inovação e sustentabilidade.

Edificações mais sustentáveis

As edificações são responsáveis por 39% das emissões de carbono relacionadas ao consumo energético, segundo o relatório da ONU Meio Ambiente, divulgado pela Aliança Global. A construção civil busca promover algumas soluções que podem ajudar a limitar as mudanças climáticas por conta do aquecimento global, como:

  • Uso dos painéis de isolamento térmico poliuretano (PUR) ou de poliisocianurato (PIR) 
  • Extensão da vida útil das estruturas de aço com tecnologia anticorrosiva
  • Estímulo a projetos de edifícios sustentáveis
  • Otimização do isolamento de telhados comerciais
  • Otimização do uso de materiais brutos na fixação de azulejos
  • Redução da pegada de carbono dos materiais de construção
  • Fomento de tecnologias construtivas de alta eficiência energética 
  • Uso de compostos de fibra de carbono para reparar infraestruturas antigas
  • Vedação de apartamentos para mais eficiência energética

A DOW pretende deixar um legado climático positivo, impulsionar a economia circular e liderar uma colaboração entre indústrias capaz de mudar o jogo quando o assunto é sustentabilidade.

Projetos exemplares

Os projetos a seguir são todos da América Latina e usam painéis de isolamento térmico do Grupo LTN, empresa que fabrica e comercializa painéis e soluções arquitetônicas com isolamento térmico e acústico, próprios para construções sustentáveis. 

* As fotos são de propriedade do Grupo LTN e os painéis de isolamento térmico citados são marcas próprias da empresa.

Teatro Bicentenario, San Juan, Argentina

O Teatro Bicentenario é um ícone da arquitetura argentina, com 8.600 m2 e capacidade para 1.100 espectadores. Ele foi projetado sob o mesmo modelo acústico do salão lírico do Teatro Colón, em Buenos Aires. O projeto utilizou, no teto, o painel Igniroof, que tem como principal propriedade a resistência ao fogo, com ótimo comportamento térmico e acústico; nos demais setores, o Maxiroof PIR 50 mm foi utilizado. Todos os materiais aplicados na obra foram testados e aprovados para serem utilizados na zona sísmica onde se encontra San Juan, no oeste argentino, aos pés da Cordilheira dos Andes.

Polo Judicial de Mendoza, Mendoza, Argentina


O novo polo judicial na província de Mendoza terá 10 mil me compreenderá três edifícios: um para o Supremo Tribunal de Justiça, outro para o Ministério Público e o terceiro chamado Estação Transitória de Detidos (Estrada). O projeto conta, ainda, com um quarto edifício, que abrigará o Ministério Público da Defesa. A utilização de painéis de isolamento térmico do tipo Classwall y Maxiroof permitiram que os edifícios sejam construídos de forma mais rápida e sustentável, empregando menos materiais e dispensando a utilização de água. Depois de prontos, o conforto térmico no interior dos edifícios será mantido com uso reduzido de sistemas de condicionamento térmico eletromecânicos.

Terminal de ônibus de Mendoza, Dorrego, Mendoza, Argentina

Diariamente, mais de mil ônibus com os mais variados destinos, inclusive internacionais, passam pela estação. Cerca de 50 mil pessoas a frequentam diariamente. Em 2019, ela foi totalmente reformada adotando painéis de isolamento térmico do tipo Classwall. A montagem da estrutura curva mostrou o poder de adaptação desse material.

Projetos mundiais

A Todeschini publicou recentemente uma lista com alguns projetos voltados à mitigação de carbono no mundo. Confira alguns deles:

Prédio Energisa – Sertão da Paraíba (PB)

Foto: Ascom

O Brasil aparece em 4º lugar no ranking mundial de países com mais prédios verdes ou sustentáveis. 

Localizado no Sertão da Paraíba, o prédio da Energisa possui o selo LEED, uma das mais importantes certificações do mundo. Essa é uma região que sofre com a falta de recursos e isso foi um dos motivos para a criação do projeto.

O terreno tem 10 mil metros quadrados, mas a área construída é de 1.902 metros quadrados. O prédio foi construído com materiais renováveis e recicláveis como, por exemplo, madeira com certificação de reflorestamento bem como tijolos cerâmico-prensados, vidros que possuem baixo fator solar e ainda telhas de alumínio com preenchimento de poliuretano para proteção térmica e acústica do ambiente, bem como um sistema de captação de água da chuva.

Bank of America, Nova Iorque (EUA)

Em Midtown Manhattan, o Bank of America tem sua arquitetura considerada como uma das mais eficientes do mundo. A maior parte das matérias-primas utilizadas na construção é vinda de fontes recicláveis e renováveis.

Durante a obra, a empresa implementou qualidade no ar interior: o que entrava no prédio era filtrado, mas o ar exaurido também era limpo, garantindo ventilação no edifício para os operários em todas as etapas da obra.

O concreto foi composto por 45% de escória (subproduto dos alto fornos), e 55% de cimento. A redução do uso do cimento se justifica, pois na produção do material é emitido muito CO2. Para economizar energia elétrica, os interiores foram todos projetados com vidros para serem iluminados naturalmente, graças à transparência. Do chão ao teto, eles contêm o calor e maximizam a luz natural no isolamento. A torre também possui um sistema que captura a água da chuva para reutilização.

Kuggen (Gotemburgo, Suécia)

O fantástico edifício colorido de cinco andares virou até atração turística na cidade. Criação do famoso escritório de arquitetura Wingårdh Arkitektkontor, o prédio sustentável tem o formato circular inspirado no Renascimento Italiano e na roda dentada que leva o seu nome.

Cada andar é um pouco fora do centro para o sul para fornecer sombra ao andar de baixo. O edifício se expande 1.500 milímetros a cada andar, dando uma impressão de movimento e dinamismo. 

O Kuggen possui sistema de ventilação e iluminação ativados por movimento, aquecimento e refrigeração interativos, além de contar com painéis solares no telhado e uma iluminação natural eficaz. A energia é utilizada apenas quando é realmente necessário.

Masdar, Abu Dhabi (Emirados Árabes)

Considerada a cidade do futuro, Masdar, nos Emirados Árabes Unidos, possui um grande projeto de desenvolvimento urbano para tornar o local o mais sustentável do planeta. Masdar é 100% dependente de energias renováveis, produz zero resíduos, é livre de combustíveis fósseis e ainda persegue a meta de atingir o índice zero de emissões de dióxido de carbono.

Desenhada pela empresa britânica Foster and Partners, é inspirada nas cidades árabes, tem arquitetura moderna e será adaptada para andar a pé e para os ciclistas. Há vários parques naturais espalhados e os edifícios foram construídos perto uns dos outros, de forma a criar ruas e passagens estreitas abrigadas do sol. As ruas contam com apenas 30 a 45 minutos diários de exposição solar direta, contribuindo com o fato de que as temperaturas registradas no interior da cidade são de 10 a 15 °C a mais baixas do que em Abu Dhabi. A ideia é que tudo esteja pronto até o ano de 2030.

Aeroporto de Oslo, Gardermoen (Noruega)

Inaugurado em 1995, o edifício está na lista das dez obras sustentáveis mais emblemáticas do mundo por apresentar em sua estrutura muitos materiais aplicados adequadamente à função que desempenham: concreto armado na compressão; madeira na flexão; treliças espaciais de aço nas conexões, metal reciclado, além de janelas panorâmicas curvas, paredes verdes e elementos de água em toda a instalação.

Com 140 mil m², possui até um depósito térmico para armazenar a neve que serve para esfriar o cais norte no verão. O terminal também é aquecido com água residual e possui aquecimento do piso.

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