Construção & Isolamento Térmico

Eficiência energética: atributo fundamental para uma obra mais inteligente e sustentável

O uso racional da energia traz benefício para quem constrói, para quem ocupa e para o planeta

Em tempos de escassez de recursos naturais e de clamor pela sustentabilidade, o bom uso da energia tem sido um grande diferencial das obras bem-sucedidas. E esse cuidado no desempenho com menor consumo de energia traz benefícios não só para a construtora, mas também aos futuros ocupantes. 

Algumas escolhas feitas já no canteiro de obras, seja no desenho arquitetônico, nos materiais utilizados ou no dia a dia, podem diminuir os indicadores de consumo excessivo de materiais ou recursos e influenciar diretamente no consumo de energia, como é o caso do uso dos painéis de isolamento térmico de poliuretano (PUR) e poliisocianurato (PIR). Confira:

Características exteriores dos edifícios

Sabemos que, no inverno, a casa fica gelada porque o calor gerado no seu interior é continuamente transmitido ao exterior pelas paredes, janelas e telhado, e no verão, o inverso também acontece. Quanto maior a superfície que envolve o volume aquecido, maior será a transferência de calor. É essa relação que torna um prédio de vários andares mais eficiente energeticamente do que uma casa.

Para ser mais eficiente, a construção deve contar com uma relação superfície/volume baixa, como indica a tabela:

Tipo de edifício

Superfície/volume

Casa independente

0,80

Casa geminada

0,65

Prédio de um andar

0,50

Prédio de vários andares

0,30

 

A localização da construção também é um fator relevante para determinar sua eficiência energética: quando habitada, a posição de exposição à luz solar no inverno e no verão fará com que o consumo energético do prédio seja maior ou menor. O ideal é sempre buscar o equilíbrio para não correr o risco de construir um edifício altamente eficiente no verão, que conta com muita incidência direta do sol, mas que necessita de muito aquecimento no inverno.

Como regra geral, é preferível que a exposição solar das fachadas leste e oeste do edifício seja reduzida. Essas duas orientações são irradiadas principalmente durante o verão, e a entrada de radiação é mais difícil de controlar, uma vez que acontece quase perpendicularmente às janelas. 

Características da construção

A quantidade de calor necessária para manter uma habitação em temperatura confortável depende, em larga escala, do seu nível de isolamento térmico. Ou seja, quanto menor a troca de calor de dentro para fora e vice-versa, mais energeticamente eficiente a construção tende a ser. 

Para que isso aconteça, algumas características devem ser observadas:

  • Paredes exteriores
    Alguns materiais usados para construção apresentam maior ganho energético que outros.

    O tijolo, por exemplo, usado há séculos na engenharia civil, tem se provado ineficiente neste aspecto. Sua porosidade permite que o calor o atravesse com facilidade. Materiais industriais como os painéis de isolamento térmico de poliuretano e poliisocianurato, por outro lado, são muito eficientes para reduzir a troca de calor entre o ambiente interno e o externo. Essa forma de isolar as paredes exteriores proporciona uma vantagem significativa em termos de capacidade de aquecimento do edifício: as chamadas pontes térmicas são quase que totalmente eliminadas, uma vez que o isolamento externo é ininterrupto. Além disso, eles podem ser aplicados em uma vasta gama de projetos, dada sua facilidade de transporte e de modulação. 
  • Cobertura
    O telhado é um dos itens que mais contribui para a perda de calor num edifício e, por isso, exige um cuidado especial na adequação do isolamento.
    Os painéis de isolamento térmico de poliuretano (PUR) e poliisocianurato (PIR) oferecem uma vantagem significativa quando aplicados sobre a laje impermeabilizada: eles aumentam a vida útil da impermeabilização ao protegê-la de amplitudes térmicas significativas.
  • Vidros e janelas
    As superfícies vidradas podem ser grandes aliadas na entrada de calor, mas também vilãs na dissipação do calor interno. A intervenção nesses pontos deve ser feita sempre pensando em: 

    Reduzir as infiltrações de ar não controladas 

    Aumentar a captação de luz solar no inverno com a melhor angulação possível na construção; 

    Reforçar a proteção da radiação solar durante o verão, utilizando vidros duplos, que reduzem quase pela metade a perda de calor, ou vidros do tipo reflexivo; e

    Melhorar as condições de ventilação natural, com aberturas em duas fachadas opostas, permitindo a circulação do ar mais eficiente.
  • Cor dos revestimentos
    As cores utilizadas nas fachadas e coberturas também influenciam o conforto térmico. É de conhecimento que cores escuras, retém a maior parte dos raios solares que incidem sobre ela, acumulando o calor. Cores claras, por sua vez, refletem cerca de 80% da radiação. Ao optar por uma ou outra, a eficiência energética é impactada.

Ventilação, aquecimento e arrefecimento

Os aparelhos de ar-condicionado são, certamente, os que têm maior impacto no consumo energético de um edifício. Uma obra bem planejada, com fachadas feitas de painéis próprios para este fim, por exemplo, é capaz de conservar uma temperatura interna de conforto, independente do clima exterior. Neste caso, mais uma vez, os painéis de isolamento de poliuretano (PUR) e poliisocianurato (PIR) são muito eficientes, reduzindo a troca de calor entre o ambiente interno e o externo. 

O poliuretano proporciona isolamento térmico de alta eficiência, diminuindo a temperatura interna da edificação em até 10oC. Com o conforto térmico, o uso de sistemas artificiais de ventilação, como o ar-condicionado, é reduzido: calcula-se um gasto energético mensal até 73% menor em construções feitas com estes painéis.

Eles também atendem a todas as regulamentações de durabilidade e segurança vigentes nos países da América Latina. Por isso, uma obra interessada em obter certificados de sustentabilidade como LEED e AQUA-HQE pode ter uma vantagem significativa pelo uso desses painéis. 

Também existem os painéis solares térmicos, que são um complemento interessante como apoio à climatização ambiente. O aproveitamento da energia solar para resfriar o ambiente é uma das aplicações térmicas com maior potencial futuro, uma vez que a época em que se necessita de arrefecimento coincide com aquela de maior radiação solar. 

Existem dois tipos de ventilação que podem ser trabalhadas numa obra:

  • Ventilação natural
    Para que haja ventilação natural, também chamada de ventilação cruzada, o ambiente dever ter pelo menos duas janelas em duas fachadas opostas, para manter corrente de ar. Contar com esse tipo de ventilação é a maneira mais indicada de usar o fluxo de ar como aliado à eficiência energética.
    Enquanto residências, edifícios comerciais e galpões industriais têm a oportunidade de considerar a ventilação natural desde o desenho do projeto, apartamentos voltados apenas para um lado do edifício têm capacidade reduzida de se beneficiar desse tipo de arejamento. 
  • Ventilação forçada
    Os sistemas de ventilação mecânica fazem a troca de ar entre o exterior e o interior em espaços em que a ventilação natural não é possível. Por ser um sistema que consome energia, muitos engenheiros preferem evitá-lo sempre que possível.
    Hoje em dia, porém, as mais recentes tecnologias possibilitam que parte da energia seja recuperada com o arrefecimento ou o aquecimento, o que a torna uma opção viável para construções sem ventilação.
    Nos sistemas que permitem a recuperação parcial da energia, os permutadores de calor cruzam os fluxos de entrada e saída de ar: no modo de arrefecimento, um fluxo de ar aquece o outro e vice-versa. Assim, no verão, o ar quente de fora passa junto do ar que sai do ar-condicionado e é arrefecido; no inverno, o processo é o inverso.

Confira os benefícios de uma construção que utiliza painéis de isolamento PUR e PIR para quem constrói e para quem ocupa o ambiente:


Para quem constrói


Para quem ocupa o ambiente

Maior agilidade de processos

 
Edifícios e habitações com maior conforto térmico e menor consumo energético


Redução do impacto ambiental, com menor geração de resíduos sólidos

 
 Redução do impacto ambiental, com gasto energético mensal até 73% menor que em habitações construídas de forma tradicional 


Sem utilização alguma de água na instalação

O modelo construtivo só interfere no consumo de água se for projetado para tal


Produção de estruturas com mais resistência a deterioração

 

Economia com os custos de manutenção


Obra mais rápida, que conta com mão de obra qualificada e processos padronizados

 

Conforto térmico e acústico


Projeto Construtores do Amanhã promove inovação e sustentabilidade

Recém-lançada pelo portal MUNDO PU, a iniciativa Construtores do Amanhã visa divulgar soluções para tornar as edificações sustentáveis e campeãs em eficiência energética, por meio de debates, informações, consultorias e guias para evoluir e acelerar o desenvolvimento técnico do setor da construção por meio da inovação e sustentabilidade. 

O objetivo do projeto é acelerar cada vez mais a inovação na indústria da construção e educar os profissionais da área sobre como os novos modelos vão estabelecer o futuro da América Latina, com métodos construtivos mais sustentáveis, que proporcionarão à sociedade mais segurança contra incêndio, conforto térmico e eficiência energética.

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