Construtores do Amanhã: como podemos acelerar o futuro da indústria da construção?
Evento virtual reuniu especialistas para discutir como agregar sustentabilidade e inovação à construção civil. Confira os principais destaques!
Sim, é possível construir cidades mais inteligentes, seguras e sustentáveis! No dia 25 de agosto, a Dow promoveu um grande evento virtual, em transmissão aqui no portal Mundo PU, para debater o desenvolvimento do setor da construção na América Latina por meio de soluções que combinem inovação e sustentabilidade, como os painéis de isolamento térmico de poliuretano (PUR) e de poliisocianurato (PIR).
Estiveram presentes pessoas e empresas diretamente envolvidas em trabalhos de impacto, projetos e iniciativas governamentais para o avanço das práticas de construção na América Latina. Soluções inovadoras que já existem – e podem ajudar a construir agora o futuro que desejamos – foram um dos pontos fortes do debate.
O arquiteto e jornalista Miguel Jurado, editor de Arquitetura do jornal El Clarín e apresentador de TV na Argentina, foi o convidado da Dow para a condução dos debates, que tiveram a participação do público enviando perguntas. “Esta conversa que tivemos não começou aqui e nem terminará hoje. É um tema que vem ganhando relevância há algum tempo e seguirá crescendo hoje e no futuro”, disse Jurado.
Confira a seguir quais foram os principais destaques do evento. Para assistir ao seminário completo, clique aqui.
De frente para os desafios da construção
Diego Ordóñez, presidente da Dow Argentina e Região Sul da América Latina, comentou o trabalho da Dow na missão de acelerar o futuro da construção civil. “Buscamos aproximar toda a cadeia de valor da construção da possibilidade de se envolver muito mais com a construção sustentável, que nesta região em particular tem um longo caminho a percorrer. As soluções estão no mercado e nós devemos fazer parte dessa mudança para um futuro melhor”, disse.
Ele ressaltou que a Dow busca ser a empresa de ciência de materiais mais inovadora, sustentável, inclusiva e centrada no cliente. “Trabalhamos para fazer frente aos desafios que temos hoje em termos de sustentabilidade. Em particular, nos propomos a acompanhar o setor na busca de soluções para o bem-estar das pessoas e o cuidado com o meio ambiente através da construção com painéis isolantes de poliuretano”.
Para alcançar o futuro que desejamos, precisamos investir em ações sobre as mudanças climáticas, especialmente focadas em reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Os painéis de isolamento térmico de poliuretano (PUR) e de poliisocianurato (PIR) e a espuma rígida de poliuretano projetado, ou spray foam, são soluções que podem mudar o impacto que a construção civil tem no meio ambiente e na sociedade.
Parcerias sustentáveis
Como Parceira Oficial de Carbono do Comitê Olímpico Internacional (COI), a Dow desenvolve projetos na construção civil para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Matías Campodónico, diretor de Assuntos Públicos, Governo e Sustentabilidade da Dow para a América Latina, falou sobre como essa parceria busca trazer novos níveis de ciência, inovação e colaboração em toda a cadeia de valor.
“Usando o esporte como catalisador, nossos projetos têm fomentado a adoção de tecnologias e práticas de baixo carbono em diversas cadeias de valor da indústria, incluindo energias renováveis, alimentos e embalagens, infraestrutura, produção e agricultura, assim como a preservação do solo e das florestas”, disse Campodónico. No total, foram realizados mais de 20 projetos de mitigação de carbono em mais de 12 países em colaboração com o Movimento Olímpico.
Segundo Campodónico, esse trabalho também está alinhado com o objetivo da Dow de promover práticas mais sustentáveis e inovadoras no setor da construção civil. “Na América Latina, o setor de construção civil ainda tem muito terreno a recuperar em relação às últimas tendências que vemos em outros países. O futuro não vai esperar. Por isso, o desenvolvimento e adoção de tecnologias sustentáveis são cruciais. Se queremos estar prontos para o futuro, a hora de atuar é agora”, afirmou.
Ele ressaltou os projetos realizados pela Dow para mitigar a pegada de carbono do COI nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e nos Jogos de Inverno de Sochi 2014, e lembrou que muitos desses projetos continuam proporcionando benefícios climáticos duradouros nas regiões onde foram implementados. “A colaboração nesses projetos é fundamental, e ações como essa devem ter continuidade ao longo da cadeia da construção”, disse.
Comentou também que, com a Construtores do Amanhã, a Dow espera impactos igualmente duradouros. “Considerando as vendas de painéis de isolamento térmico de poliuretano (PUR) e de poliisocianurato (PIR) e da espuma rígida de poliuretano projetado, de meados de 2019 a junho de 2021, é esperada uma redução de 450 mil toneladas de gás carbônico ao longo dos 50 anos de utilização das edificações e empreendimentos envolvidos”.
Para efeito de comparação, esse volume nos Estados Unidos é equivalente às emissões de gases de efeito estufa de aproximadamente 98 mil carros de passageiros ao longo de um ano.
Atender às necessidades atuais e garantir que as gerações futuras também possam utilizar os recursos do planeta têm sido grandes desafios para as empresas. E um dos setores que mais consome recursos é a construção civil. Segundo o World Green Building Council, o setor é responsável por quase 40% das emissões de dióxido de carbono da atmosfera, quase um terço de todo o consumo de energia do planeta.
A tecnologia do futuro já existe
Stefan Junestrand, arquiteto, diretor e sócio fundador do Grupo Tecma Red, em Madrid, falou sobre como podemos construir o futuro hoje. Ele destacou o impacto ambiental atual da construção civil, que é responsável por 40% do consumo da energia produzida no mundo, 35% das emissões de gás carbônico, 50% do consumo de recursos naturais e 35% dos resíduos gerados no planeta.
“Dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, são muitas as coisas que podemos fazer por meio da construção civil. Entre elas, ter uma visão holística da construção e tomar decisões para melhorar as condições sociais, econômicas e ambientais”, disse.
Junestrand também comentou uma série de inovações que já existem e podem melhorar a vida da população, como os Smart Grids, a mobilidade inteligente, a minimização do impacto ambiental das construções para preservação da biodiversidade e a criação de edifícios de energia quase nula – ou seja, que gasta pouca energia e se abastece de fontes instaladas no próprio edifício ou em seu entorno. “São ideias que colocam o usuário no centro e trazem soluções digitais para resolver seus problemas”.
Ele mostrou algumas das tecnologias disponíveis para a realização de projetos mais inteligentes e sustentáveis, que fazem parte da chamada Construção 4.0, que une conceitos da economia circular, do trabalho colaborativo e da adoção de novas plataformas para agilizar e facilitar o processo construtivo em todas as suas etapas, reduzindo impactos ambientais desde o planejamento até a finalização da obra.
Entre elas, estão planejamento e desenho da construção baseados em dados, adoção de tecnologias como desenho em 3D e 4D, realidade aumentada, inteligência artificial para simulações, impressão 3D, uso de robôs para funções como colocação de ladrilhos, inspeção e fotografia, além de transporte de materiais leves. “A tecnologia e a inovação existem. Quanto mais gente utilizar essas novas ferramentas, mais elas serão adotadas”, disse Junestrand.
Para ele, a cidades e edifícios do futuro terão que ser desenhadas a partir de agora para ser inteligentes e sustentáveis. “As empresas que se adaptarem agora a esses modelos são as que terão mais sucesso no futuro”, afirmou.
Apostar no desenvolvimento de habilidades e na instrução de quem trabalha na construção ajudará mais países a chegarem nesse nível tecnológico. “As tecnologias não são uma ameaça, e sim uma oportunidade. É uma questão de formação para que os países em desenvolvimento possam dar um salto tecnológico”.
Colaborar para construir o futuro
Para falar sobre como a construção pode acelerar o desenvolvimento econômico na Argentina, promovemos uma conversa entre Juan González Calderón, Arquiteto e Urbanista, especializado no campo da sustentabilidade e do ambiente construído e Jorge Daniel Czajkowski, Arquiteto, especialista em engenharia de fontes não convencionais de energia, mestre em ambiente e patologia ambiental e doutor em engenharia da Universidade Nacional de La Plata. A mediação foi realizada por Federico García Zúñiga, professor mestre e arquiteto, representando a ANDIMA (Associação Nacional de Indústrias de Materiais Isolantes).
Eles abordaram temas como eficiência energética, certificações ambientais para edificações, regulamentação das etiquetas de eficiência energética e da importância da colaboração entre empresas, governo, associações, construtoras e profissionais da construção.
Para Jorge Czajkowski, há diversos desafios para o desenvolvimento sustentável da construção na Argentina. Entre eles, melhorar a qualidade da educação dos profissionais da construção, como arquitetos, engenheiros e técnicos. “O mais importante é modificar o plano de estudos para que se incorpore essa temática na formação desses profissionais”, aponta. Ele diz que diversos atores da construção civil estão se aproximando mais da sustentabilidade, motivados pela questão do aquecimento global.
Czajkowski também comentou sobre as legislações municipais e nacionais para o desenvolvimento sustentável da construção na Argentina e a importância do diálogo entre autoridades e profissionais da construção civil para chegar a um consenso sobre como solucionar os desafios atuais.
Juan Gonzáles Calderón reforçou a necessidade do treinamento dos profissionais e também a importância de seguir as normas que vêm sendo criadas. “Muitos edifícios da cidade de Buenos Aires vão precisar se adequar a essas novas normas e adotar ferramentas para melhorar sua eficiência energética, seu sistema de consumo e até mesmo seu desenho interior”, aponta.
A reabilitação energética de edifícios já existentes foi outro ponto considerado importante por Czajkowski. “Quando uma pessoa entra em uma construção que passou por essa reabilitação energética, o efeito é quase imediato. Há uma grande melhora no isolamento térmico e na sensação de conforto”, ressaltou.
Calderón aposta em uma mudança de pensamento do setor e na vontade de concretizar essas mudanças. “A formação dos profissionais será importante, porque a construção do futuro precisará passar pela sustentabilidade”.
As vantagens de construir com painéis de isolamento térmico de poliuretano
Em nosso último debate, falamos sobre tecnologias de poliuretano e inúmeros cases de construção que acontecem na América Latina, com Gustavo Bernardi, presidente do Grupo LTN, e Edilson Machado, diretor de Marketing para o negócio de Poliuretanos da Dow para a América Latina.
Edilson falou sobre como os edifícios inteligentes se incluem na jornada de transformação sustentável da Dow e também sobre a segurança, a qualidade, a sustentabilidade e o alto desempenho em eficiência energética proporcionados pelos painéis de isolamento térmico de poliuretano “Ao misturar construções convencionais com novos modelos de construção, podemos acelerar o desenvolvimento de um país”, destacou.
Para ele, o desenvolvimento técnico do setor só é possível com a colaboração de toda a cadeia de valor, entendendo as necessidades, não só dos clientes, mas também dos usuários finais que irão utilizar os edifícios, garantindo maior conforto térmico, economia de energia e menos manutenção. “Todos – planejadores, arquitetos, engenheiros e profissionais do setor – são fundamentais para apoiar esse desenvolvimento, com sua expertise, mão de obra especializada, produção eficiente e qualidade”.
Gustavo Bernardi destacou que uma das vantagens desse novo modelo construtivo é o isolamento térmico de alta eficiência proporcionado pelo poliuretano, que gera até 60% menos consumo de energia. Além disso, lembrou do impacto do uso desses materiais na produtividade, já que a construção com uso de painéis costuma ser de três a quatro vezes mais rápida do que a tradicional.
Também foram destacados outros benefícios, como a economia proporcionada pelos painéis de isolamento térmico de poliuretano ao longo de toda a vida útil da construção – tanto em termos de consumo energético quanto de manutenção. Além disso, Gustavo e Edilson destacaram a importância das construções sustentáveis no desenvolvimento econômico e do investimento na habitação social, e trouxeram alguns cases de sucesso.
Para saber mais, confira o evento na íntegra clicando aqui.
O projeto Construtores do Amanhã, iniciativa do portal MUNDO PU, se dedica a debater novos modelos construtivos, selecionando e compilando informações sobre soluções de menor impacto ambiental e com maior eficiência energética. Com isso, contribui para acelerar o desenvolvimento técnico do setor de construção por meio da inovação e sustentabilidade.
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